Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

like a rolling stone

A canção é posterior ao surgimento dos Stones; portanto, ninguém, aparentemente, homenageou ninguém. Há a reprodução de um diálogo ácido, supostamente entre os componentes dos Stones, no início do livro Like a Rolling Stone: Bob Dylan na encruzilhada, de Greil Marcus, que desmistifica isso. Diz alguém: "Chama-se Like a Rolling Stone. Dá pra acreditar? Like a Rolling Stone. Como se ele quisesse entrar na banda. Como se ele fosse um Rolling Stone." (São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 17-18). 

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