Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

denunciar spam

Quem dera que o inconsciente recebesse os spams sem fazer alarde. Minha caixa de spam anda cheia de coisas supostamente inúteis, mas meus sonhos me dizem não (ou sim), que talvez haja outras possibilidades, que eles (ou elas) estão tentando me comunicar coisas que o super eu, que quer lotar a caixa do spam, teima em não perceber. Percebe, na verdade percebe, mas há situações em que não há nada a fazer, a não ser escutar, com toda sensibilidade possível, os sonhos, essa outra vida que se vive no mundo da noite. 

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