Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas,
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças
centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de
sentidos.
(...)
PESSOA,
Fernando. Poesia completa de Álvaro de Campos. Ed. Teresa Rita
Lopes. São Paulo: Companhia de Bolso, 2007, p.224.
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