Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


segunda-feira, 23 de abril de 2012

senso comum

Vivemos uma época de avanço ímpar, que está revolucionando a forma de lidar com o conhecimento. Mas o problema ainda parece residir neste. Algumas verdades do senso comum parecem resistir à erosão do tempo e das revoluções científicas que o homem opera. Basta abrir os ouvidos ao que as pessoas dizem umas às outras nas ruas, nos ônibus. Por exemplo: a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. 

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