Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


terça-feira, 19 de junho de 2012

flor-de-índio

Enfim, para trás ficaram a casa e alguns sonhos. No novo lar, ainda a surpresa momentânea de agora encontrar-me aqui, e não mais lá. Nas Casas Bahia, onde fui buscar complemento para poder habitar a nova casa, surpreendi-me com a singeleza de meu penúltimo endereço em Belo Horizonte (um antigo cadastro, mantido pelo site): Rua Flor-de-Índio, bairro Liberdade. Foi lá que comecei a vir para o Rio de Janeiro, através da notícia do concurso, enquanto me mudava para o Centro, Av. Augusto de Lima. Morei em muitas ruas, cujos nomes evaporaram de minha lembrança. Não lembro mais o nome da rua em que residi no bairro Sagrada Família, nem da que morei em Estrelinha (Vitória-ES). O acaso de um registro datado trouxe-me a singeleza de um nome de rua, onde muita coisa se deu.

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