O POEMA E A ÁGUA
As vozes líquidas do
poema
convidam ao crime
ao revólver.
Falam para mim de
ilhas
que mesmo os sonhos
não alcançam.
O livro aberto nos
joelhos
o vento nos cabelos
olho o mar.
Os acontecimentos de
água
põem-se a repetir
na memória.
MELO NETO, João Cabral de. Serial e antes. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1997, p.17.
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