“É importante
saber que a tia Fifa não é como é por insensibilidade ou elitismo desvairado.
Suas exigências, que parecem irrealistas, obedecem a um desejo de ordem social
e estética. A tia Fifa sonha com um mundo limpo, em que as desigualdades entre
ricos e pobres desaparecem desde que todos sigam as mesmas regras e tenham o
mesmo gosto, e por isso a convidam.” (Luis Fernando Verisssimo, hoje, n’O Globo)
“[...] o jogo de
Neymar ensina que o movimento emaranhado das ruas tem de achar o jeito
inspirado de acertar no melhor. Que saibamos chegar ao mais bonito.” (Caetano Veloso, hoje, n’O Globo)
“Diz o escritor inglês Alex Bellos que, se para
os europeus os marcos da memória histórica do século XX são dados pelas
Guerras, no Brasil são dados pelas Copas do Mundo. A afirmação sinaliza de
maneira ambivalente o quanto a paixão do futebol deu forma à identidade e à
memória coletiva brasileira, ao mesmo tempo em que sugere o quanto ela é
pautada tradicionalmente pelo jogo, pelo lúdico, e não pelo enfrentamento das
realidades. A comparação ganha uma outra atualidade agora, quando o ensaio da
Copa do Mundo através da Copa das Confederações vem acompanhado de uma guerra,
real e simbólica, onde está em jogo o custo social da tarifa de ônibus, o custo
social da Copa do Mundo, o custo social e político do Brasil. Uma inesperada
junção à maneira brasileira de guerra com Copa, por isso mesmo muito nova.” (José Miguel Wisnik, ontem, n’O Globo)
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