LAMENTAÇÃO
Nenhum
homem tem mais saída:
Antes de
nós o dilúvio.
Durante,
o tédio no caos.
Depois, o
épico escuro.
A
esperança desespera,
Os olhos
não são para ver
Nem os
ouvidos para ouvir.
O diálogo
virou monólogo,
Meio-dia
é meia-noite.
Todos
curvados constroem
Suas
próprias algemas.
O longo
ai das criaturas
Sobe para
o céu
Forrado
de espadas.
MENDES,
Murilo. Poesia completa e prosa. Rio
de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p.386.
Nenhum comentário:
Postar um comentário