Tomo a liberdade de reproduzir aqui um poema de uma internauta amiga que me encantou, cujo blog constitui um atrativo à parte - Barbaridades (link aqui). O poema se intitula "Tagarelaço", e traduz com adorável (im)precisão o titubeio entre dizer e não dizer. Amei. Parabéns, Bárbara!
Tagarelaço
Se eu desdigo o que eu disse, já não digo.
Se eu redigo o que eu disse, digo e repito.
Completo meu disse-desdisse com um dizer que desde já será desdito:
De que vale o dizer arrependido se o silêncio medroso é recolhido e se torna
Se eu redigo o que eu disse, digo e repito.
Completo meu disse-desdisse com um dizer que desde já será desdito:
De que vale o dizer arrependido se o silêncio medroso é recolhido e se torna
um deixar de dizer maldito?
Digo, sempre direi.
Digo, sempre direi.
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