“Jagunço é isso. Jagunço não se escabrêia com perda nem derrota
― quase que tudo para ele é o igual. Nunca vi. Pra ele a vida já está
assentada: comer, beber, apreciar mulher, brigar, e o fim final. E todo o mundo
não presume assim? Fazendeiro, também? Querem é trovão em outubro e a tulha
cheia de arroz. Tudo que eu mesmo, do que mal houve, me esquecia. Tornava a ter
fé na clareza de Medeiro Vaz, não desfazia mais nele, digo. Confiança ― o
senhor sabe ― não se tira das coisas feitas ou perfeitas: ela rodeia é o quente
da pessoa.”
ROSA, João Guimarães. Grande
sertão: veredas. 19. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p.72.
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