Da cinza
Fita as tuas mãos, mãos que não prendem,
E os dedos teus, que nada enlaçam,
Estalactites que se estendem
E onde do tempo as gotas passam.
Nada em seu vácuo se aconchega,
Nem mesmo o vácuo de outras mãos,
Nelas só o fogo se congrega,
O que arde em tudo. Os brilhos vãos.
BUENO, Alexei. Em sonho. Poesia reunida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003, p.385.
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