Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

ouro de tolo

É assim: numa visita casual à Livraria da Travessa (aquela filial linda e enorme do Barra Shopping), percebo, pelo menos, 15 títulos que deveriam vir comigo para casa hoje, right away ― entre eles alguns que já estão aqui, na fila da leitura, algo de que só me dava conta ao mirar o livro. Quase trouxe um, Lira dos vinte anos, em edição caprichada, e só não o fiz porque já havia passado antes na Fnac e comprado um livro em oferta imperdível (era pegar ou largar): Henry Miller, Nexus. Mas nada como uma livraria apinhada de livros tentadores para lembrar a qualquer um sua condição de mortal. 

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