A palavra-escrita
é um labor arcaico:
sulca enigmas
venda e desvenda
o sentido do gesto
É uma imagem detida
recolhida do mais fundo cinema íntimo
onde o verdadeiro
é um ser invisível
O cinema do mundo está aí
onde houver ilusão
onde houver vontade de ver
mesmo que seja só o nada.
Ana
Hatherly. A idade da escrita e outros
poemas. São Paulo: Escrituras, 2005, p.90.
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