TODAS AS
COISAS DIFÍCEIS
Ninguém
pensa impunemente
numa escrita
permanente
da vida
que se levou.
Há sempre
sob o lençol
um corpo
irreconhecível
em seu
próprio imaginário:
um aquário
cheio de bile,
peixes
nadando ao contrário.
Resvalando
nos silêncios,
o que
aflora à superfície,
depois do
mundo acabado,
é noite
sem lua dentro:
todas as
coisas difíceis
que foram
postas de lado.
A parte que nos toca: literatura brasileira feita no Espírito Santo (Org. Miguel Marvilla e Reinaldo Santos Neves). Vitória: Florecultura,
2000, p.157.
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