TÁXI
O poeta
passa de táxi em qualquer canto e lá vê
o amante
da empregada doméstica sussurrar
em seu
pescoço qualquer podridão deste universo.
Como será
o amor das pessoas rudes?
O poeta
não se conforma de não conhecer
todas as
formas da delicadeza.
CACASO. Lero-lero. São Paulo: Cosac Naify, 2012, p.16.
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