EU
NÃO VOU PERTURBAR A PAZ
De
tarde um homem tem esperanças.
Está
sozinho, possui um banco.
De
tarde um homem sorri.
Se
eu me sentasse a seu lado
Saberia
de seus mistérios
Ouviria
até sua respiração leve.
Se
eu me sentasse a seu lado
Descobriria
o sinistro
Ou
doce alento de vida
Que
move suas pernas e braços.
Mas,
ah! eu não vou perturbar a paz que ele depôs na praça, quieto.
Manoel
de Barros. Poesia completa. São
Paulo: Leya, 2010, p.35.
Nenhum comentário:
Postar um comentário