AS FORMAS PRISIONEIRAS...
As formas prisioneiras por belas e dementes
esperam seu resgate. Nem veriam
a eclosão
essas duas crisálidas do sono
ocultas em pedras, telas, tramas,
insensíveis ao sol, à chuva fria,
nem júbilo
nem melancolia
sem que as desates.
Medram a medo
na ante-manhã, carentes de teu sonho,
princesas embalsamadas em sucessão estranha,
à espera.
Dora Ferreira da Silva. Poesia reunida. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999, p.61.
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