Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


sábado, 17 de dezembro de 2011

um adendo sobre o sábado

Enquanto pensava em nada, sem buscar dar rumo aos pensamentos, lembrei-me de como a rotina de supermercados, shoppings e lojas de eletrodomésticos, pelo menos aqui no Rio de Janeiro, está transformada ― o sábado já não existia, e agora nem domingos ou feriados existem mais para quem trabalha nestes estabelecimentos ― existe apenas o dia de folga, um dia de folga. Com muito esforço, certas datas, como o Natal e o Ano Novo, são respeitas. Então meu post, de todo inocente, refletindo um bem-estar de poder estar em casa no sábado, acabou negligenciando muitos trabalhadores.

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