Ao reler o conto “Nenhum, nenhuma”, de Guimarães Rosa, de verve platônica, é inevitável o impacto da cena final:
"E eu precisei de fazer alguma coisa, de mim, chorei e gritei, a eles dois: ― 'Vocês não sabem de nada, de nada, ouviram?! Vocês já se esqueceram de tudo o que, algum dia, sabiam!...'
E eles abaixaram as cabeças, figuro que estremeceram.
Porque eu desconheci meus Pais ― eram-me tão estranhos; jamais poderia verdadeiramente conhecê-los, eu; eu?"
ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988, p.54.
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