ESTE SER
DA MINHA SOMBRA
Ruge o ser
da minha sombra, quieta e indelével,
que se
postou em mim, e eis que urge
amá-lo ou
amordaçá-lo.
E eis que
geme e grita e se debate.
Eu, por
mim, me apavoro em que possam ouvi-lo
e em que
lhe deem tato,
a este ser
que me delata.
Miguel Marvilla.
Lição de labirinto. Vitória: Fundação
Ceciliano Abel de Almeida, 1989, p.54.
Nenhum comentário:
Postar um comentário