Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

movie-locations.com: viajando através do cinema

Uma reportagem do Uol traz a seguinte chamada: Site traça itinerários de filmes pelo mundo e alavanca o turismo cinéfilo (aqui). Trata-se do site The Worldwide Guide to Movie Locations (http://movie-locations.com/), certamente uma viagem imperdível. O curioso é que viagem e cinema sempre se equacionaram de outra forma na minha imaginação: eu viajo no cinema. Não sei se gostaria de conhecer as locações de Amélie Poulain, por exemplo, mas não dispensaria sentar-me no famoso café. O que fiquei sabendo é que essa transformação, pelo cinema, de determinados locais em atração turística criou justamente as injunções do turismo, o que é diferente do encontro despretensioso e mágico que acontece nas telas. 

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