Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


quinta-feira, 3 de março de 2011

BSB

No feriado de Carnaval, viajarei para Brasília. Causa espécie quando falo. Minha analista disse que nunca, mas nunca mesmo, ouviu alguém dizer que iria para Brasília no Carnaval. As pessoas vão para a praia, pra Bahia, para o Nordeste, para o litoral ou mesmo para o Rio de Janeiro. No entanto, me ocorre que em Brasília o carnaval dura o ano inteiro, dando uma trégua agora no feriado, quando os políticos vão para as suas bases, ou vêm pontificar na Marquês de Sapucaí. É ir e conferir. E descansar.

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