“A grande pergunta era a de sempre, aparentemente irrespondível: o que afinal eu tenho a dizer ao mundo que seja tão desesperadamente importante? O que eu tenho a dizer que já não tenha sido dito antes, e milhares de vezes, por homens infinitamente mais talentosos do que eu? Seria apenas uma coisa do ego, aquela necessidade coercitiva de ser ouvido? De que maneira eu era singular? Porque se eu não era singular, então tudo aquilo só resultaria em acrescentar mais uma unidade a uma cifra astronômica incalculável.”
MILLER, Henry. Nexus. Trad. Sergio Flaskman. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p.166.
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