Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


domingo, 25 de dezembro de 2011

cinema, natal e chuva

Resolvi conferir um filme americano no DVD. Fiquei surpresa ― ao perceber-me sentindo falta do plim-plim ― para bom entendedor, sintoma de tédio. Mas não posso reclamar: fui eu quem buscou este passatempo, em vez de algo que fizesse pensar. Felizmente chove, uma chuva ótima aplacando o calor, o dia 25 correu perfeitamente calmo, e amanhã, como é pré-férias, não terei de trabalhar. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário