Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

nova imagem

Olhei-me hoje no espelho e achei meu cabelo bonito ― aquele cabelo da manhã, trabalhado pelo travesseiro. Olhei com mais vagar e achei meu rosto simplesmente leve, e considerei que valeria a pena tentar umas imagens amadoras, caseiras, para atualizar o perfil do blog. Feito. Fazia um tempinho que eu não encarava as lentes de uma máquina, a não ser por obrigação (3x4). Os problemas de saúde, no segundo semestre, desnortearam-me um pouco, e conheci uma espécie nova de tristeza. Agora parece que as coisas estão encontrando alguma calmaria, ou pelo menos resposta. De todo modo, gosto muito de meus cabelos ― e dos meus olhos também.

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