Não irei. No entanto, não me é indiferente sua passagem pelo Rio de Janeiro, num show de custo, para meu orçamento e minhas pretensões, elevado. Mas isso é o argumento superficial. A verdade é que pouco me interesso por shows, seja de quem for, no que devo estar perdendo muito. Azar. O fato é que amanhã à noite ele estará bem pertinho, a menos de 10 km (cerca de meia hora num trânsito livre de domingo à noite). Vai se apresentar no Citibank Hall, av. Ayrton Senna, oficialmente Barra da Tijuca, mas coladinho a Jacarepaguá.
Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.
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