―“Preso? Ah, preso... Estou, pois sei que estou.
Mas, então, o que o senhor vê não é o que o senhor vê, compadre: é o que o
senhor vai ver...”
―“...Vejo um homem valente, preso...” ― aí o que
disse Joca Ramiro, disse com consideração.
―“Isso. Certo. Se estou preso... é outra coisa...”
―“O que, mano velho?”
―“...É, é o mundo à revelia!...” ― isso foi o fecho
do que Zé Bebelo falou. E todos que ouviram deram risadas.
Assim isso. Toleimas todas? Não por não. Também o
que eu não entendia possível era Zé Bebelo preso. Ele não era criatura que se
prende, pessoa coisa de se haver às mãos. Azouge vapor...
ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. 19. ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p.271.
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