Em algum site de cinema que sigo encontrei a alusão a esse curta, de produção americana, sobre Os Mutantes, banda de carreira meteórica cujo fim ainda hoje é uma história mal contada. O retorno recente, em nova composição (a namoradinha Rita Lee se esquivou), serviu para que as gerações mais novas tivessem uma pálida ideia do potencial da composição original. Arnaldo Batista e sua entrega ao sonho é a melhor justificativa desse retorno.
Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.
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