Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


quinta-feira, 10 de março de 2011

"porque somos um pouco o que nos atravessa"

No ...rastros de carmattos consta: "porque somos um pouco o que nos atravessa". Somos. No 3x4, consta: sem-carro, sem-filhos, sem-facebook. Perfeitos os três adjetivos. Sou uma das poucas pessoas que conheço que deliberadamente abdicou de ter carro, e consigo contar nos dedos as pessoas das minhas relações que não estão no facebook. Quanto aos filhos, é mais fácil explicar. Em tempo: não sei onde foi parar meu idealismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário