Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

trecho de conversa: "beco"

"Eu sai do meu beco (embora, mais tarde ou mais cedo, a gente sempre acabe entrando em outro), não do jeito que eu esperava, mas foi o jeito que eu dei conta de sair e agora estou bastante aliviada, com planos novos, renovada. Nada mal! E fico aqui desejando muito que o mesmo aconteça com você."

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