Tarsila do Amaral, Operários, 1933 (aqui)
“Se o capitalista fosse um bruto, eu o toleraria. Aflige-me é perceber nele uma inteligência, uma inteligência safada que aluga outras inteligências canalhas. Esforço-me por alinhavar esta prosa lenta, sairá daí um lucro, embora escasso ― e este lucro fortalecerá pessoas que tentam oprimir-me. É o que me atormenta. Não é o fato de ser oprimido: é saber que a opressão se erigiu em sistema.” [RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. 44.ed. Rio de Janeiro: Record, 2008, p.92.]
E nunca é demais lembrar o conto "Primeiro de Maio", de Mário de Andrade. De fato, a narrativa do capitalismo mostra uma face obscura a que, mal ou bem, podemos até nos ter acostumado (será?), mas a que é impossível se afeiçoar. Gostaria de ter competência para falar sobre isso.
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