“Eu sei que isto que estou dizendo é dificultoso, muito
entrançado. Mas o senhor vai adiante. Invejo é a instrução que o senhor
tem. Eu queria decifrar as coisas que são importantes. E estou
contando não é uma vida de sertanejo, seja se for jagunço, mas a matéria
vertente. Queria entender do medo e da coragem, e da gã que empurra a gente
para fazer tantos atos, dar corpo ao suceder. O que induz a gente
para as más ações estranhas, é que a gente está pertinho do que é nosso, por
direito, e não sabe, não sabe, não sabe!”
ROSA,
João Guimarães. Grande sertão: veredas. 19. ed. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2001, p. 116.
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