“Amigo? Aí foi isso que eu entendi? Ah, não; amigo, para mim, é diferente. Não é um ajuste de um dar serviço ao outro, e receber, e saírem por este mundo, barganhando ajudas, ainda que sendo com o fazer a injustiça aos demais. Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer de estar próximo. Só isto, quase; e os todos sacrifícios. Ou ― amigo ― é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por quê é que é.”
ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 19. ed., 2001, p. 196.
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