Li, há cerca de três ou quatro anos, texto de uma publicação séria falando que o mundo caminhava para uma onda, ou tendência, de conservadorismo (leia-se retrocesso político e social, e progresso econômico apenas para um grupo ultra restrito de pessoas). Não me lembro se o texto se restringia à porção ocidental do mundo, mas o fato é que o Brasil está rezando direitinho pela cartilha do neoconservadorismo. Ao observarem-se as escolhas políticas de certas lideranças que no passado militaram contra o regime militar, é inevitável a pergunta: o que é isso, companheiro? Talvez, agora, o grande companheiro seja mesmo o capital, que engoliu enfim a marcha das utopias, quando assistimos a verdadeiros crimes de lesa-pátria. A propósito, um poema de José Paulo Paes:
a marcha das utopias
não era esta a independência que eu sonhava
não era esta a república que eu sonhava
não era este o socialismo que eu sonhava
não era este o apocalipse que eu sonhava
Os melhores poemas de José Paulo Paes. 3. ed. São Paulo: Global, 2000, p.158.
Nenhum comentário:
Postar um comentário