Grande sucesso dos anos 70, requinte do don juan disfarçado de romântico sem pouso, metáforas(!) baratas, baranguice a toda prova, sonoplastia de luxo, visual e performance cafonas — o resto fica por conta da imaginação... Mas tem um trechinho bonito, moderninho: "e a namorada analisada por sobre o divã", perfeitamente capaz de entender que veio uma onda... e levou o moço pra longe. Hahaha!!! Bem longe, de preferência!!! Aos entusiastas, segue a versão acústica (aqui) e a roupagem nova dada pelo Kleiton e Kledir (aqui).
Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.
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