Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

"sou um castelo de areia na beira do mar" (verdadeira pérola)


Grande sucesso dos anos 70, requinte do don juan disfarçado de romântico sem pouso, metáforas(!) baratas, baranguice a toda prova, sonoplastia de luxo, visual e performance cafonas  o resto fica por conta da imaginação... Mas tem um trechinho bonito, moderninho: "e a namorada analisada por sobre o divã", perfeitamente capaz de entender que veio uma onda... e levou o moço pra longe. Hahaha!!! Bem longe, de preferência!!! Aos entusiastas, segue a versão acústica (aqui) e a roupagem nova dada pelo Kleiton e Kledir (aqui). 

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