Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

learning to fly - a flight of fancy on a windswept field


Em muitos sentidos, estou aprendendo a voar. E quanto mais voo (e vou), mais quero ir (e voar). Se fosse possível me traduzir numa música, esta seria minha tradução hoje. Meu desejo absurdo de voar, de aprender a voar. A sonoridade dessa música é uma alma em tensão aprendendo a voar (basta ouvir). 

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