FRASES ― Quando o nosso bravo Pedro I gritou, “do Ipiranga às margens plácidas”, seu famoso Independência ou Morte, não faltou quem atribuísse o grito a outros autores. Em todo caso, os historiadores da Independência dos Estados Unidos sempre citam uma frase de Patrick Henry, na Câmara da Virgínia, em 1975 ― Give me Liberty or give me Death.
Em carta ao Rei, La Bruyère, em pleno século XVII, dizia que a França era um vasto hospital; a mesma frase, com referência ao Brasil, foi muito citada como sendo de Miguel Pereira, se não me falha a memória.
Durante o Estado Novo, foi creditada a Getúlio Vargas uma belíssima frase ― “Só o Amor constrói para a Eternidade”, que afinal também era traduzida ― parece que de Augusto Comte.
Num romance de Guimarães Rosa, o personagem narrador diz, volta e meia, que “viver é muito perigoso”. Um escritor mineiro localizou a mesma frase em Goethe. Era muito do Rosa, essa mistura de Goethe com sertanejo.
BRAGA, Rubem. Recado de primavera. 8.ed. Rio de Janeiro: Record, 2008, p.86.
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