ULISSES E O INSETO
Quando li o Ulisses de Joyce
o verão era pungente
e as questões.
Nem a rede embalava
nem o mar aplacava
nossos dédalos.
O vento soprou as areias e então
um inseto pousou no livro
aberto ao meio:
olhitos fechados fitaram-me e foi quando
a leitura findou
na página duzentos e tanto...
Dora Ferreira da Silva. Poesia reunida. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999, p.151.
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