Uma garatuja prosaica: acerca de y, x afirmou: Ela não mede o impacto de suas ações na vida das pessoas. Agora o que interessa: a poesia me deu, mais que qualquer outra experiência, um senso agudíssimo do estranho e fascinante poder da palavra. E é tão difícil explicar isso quanto perceber o impacto que uma palavra pronunciada tem ― sobre quem fala e o outro:
Uma palavra se abre
Como um sabre ―
Pode ferir homens armados
Com sílabas de farpa
Depois se cala ―
Mas onde ela caiu
Quem se salvou dirá
No dia do desfile
Que algum Irmão de armas
Parou de respirar.
Aonde vá o sol sem ar ―
Por onde vague o dia ―
Lá está esse assalto mudo ―
Lá, a sua vitória!
Observa o atirador arguto!
O tiro mais perfeito!
O alvo do Tempo
O mais sublime
É um ser “ignoto!”
There is a word
Which bears a sword
Can pierce an armed man ―
It hurls its barbed syllables,
At once is mute again ―
But where it fell
The saved will tell
On patriotic day,
Some epauletted brother
Gave his breath away.
Wherever runs the breathless sun ―
Wherever roams the day ―
Which bears a sword
Can pierce an armed man ―
It hurls its barbed syllables,
At once is mute again ―
But where it fell
The saved will tell
On patriotic day,
Some epauletted brother
Gave his breath away.
Wherever runs the breathless sun ―
Wherever roams the day ―
There is its noiseless onset ―
There is its victory!
Behold the keenest marksman!
Time's sublimest target
Is a soul "forgot"!
There is its victory!
Behold the keenest marksman!
Time's sublimest target
Is a soul "forgot"!
DICKINSON, Emily. Não sou ninguém: poemas. Trad. Augusto de Campos. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2008, p.20-21.
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