Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


domingo, 12 de junho de 2011

não há dia em que esta gaitinha não possa me alegrar (um curta)

Parodiando alguns escritores modernos, para quem não aguenta mais me ouvir falar em Bob Dylan, gentileza desconsiderar o post, ou voltar para o anterior enquanto o próximo não aparece, ou mesmo fechar a página (mas não deixar o blog...). É que eu amo de paixão esta gaitinha. E esta canção. E muitas outras dele. E é inevitável sentir-me subitamente alegre ao ouvir seus acordes.

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