Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


sexta-feira, 17 de junho de 2011

são marcos

Amiúde, minha dissertação de mestrado, sobre o conto "São Marcos", tem me vindo à mente, seja "do nada", seja porque alguém que não conheço me escreve pedindo para usar o texto. Preciso voltar a este texto, revê-lo, revisitá-lo, pois foi um trabalho que me trouxe muitas alegrias. E como a partir de agora vou postar aqui o que advir desta retomada, inauguro um novo marcador: são marcos. Como é mesmo a oração de São Marcos? "Em nome de São Marcos e São Manços, do Anjo Mau, seu e meu companheiro..." 

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