ESPERANÇA
Pousa num golpe o pássaro do verde
súbito nascido de seu voo.
Ecoa o telegrama em nosso peito.
Conferimos as poucas letras
de tão longe vindas
de tão fundo oriundas
vindas e chegadas
a um porto de partida.
Apagadas as letras
soletramos a sós
o sol
da comunhão com tudo.
Dora Ferreira da Silva. Poesia reunida. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999, p.105.
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