A OUTRA INFÂNCIA
Meninos que daqui não vejo
Dançam e cantam de roda no terreiro ao lado.
O menino que também brincou de roda
Seria mesmo eu? Creio que não.
(Viramos crianças
Ao imaginar a criança que fomos.)
Já era outro menino, já pensava,
Iluminando-me com duas luas
― Uma na cabeça.
MENDES, Murilo. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1994, p.423.
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