Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


sábado, 9 de julho de 2011

Gustavo Acioli

Foi através da acidez deste curta, Nada a Declarar, mais propriamente a música que toca nos créditos finais, que prestei atenção ao nome de Gustavo Acioli. É possível escutar no seu site, trata-se da última música do CD Eu, camelô de mim: "Não importam os poemas / O importante é ser poeta." 

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