No mais elementar da natureza, beleza e indícios de uma complexidade no mínino subestimada, quando não até então insuspeitada, afinal, plantas são mudas. No topo da natureza... a guerra nossa de cada dia. Destila-se o veneno de sempre, mediante sofisticados sinais e emissões de fumaça forjados no mais sofisticado sistema de linguagem conhecido. E continuamos a afugentar com círculos de substâncias adstringentes.
Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.
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