Prudentemente
Aconselham os sábios
a jogar no silêncio
as palavras sem chance.
(Deixar estes versos quietos
ou oferecê-los à sua surpresa
talvez encontre o mesmo destino.)
Insensato e sem lei, entrego-os.
O tempo arde.
E nada,
nada é tão absurdo
e vão
que não valha o risco
de calar os conselhos
e lançar estes poemas na contramão.
[A parte que nos toca: literatura brasileira feita no Espírito Santo. Org. Miguel Marvilla e Reinaldo Santos Neves. Vitória: Florecultura, 2000, p.193-194.]
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