...
Entorne-se o mel do tempo:
sim, silêncio ―
cale-se o marimbondo em seu cortiço:
duro, é duro ―
amanhece e o mundo zumbe, zumbe e zomba
quando não se enfurece com teu grito
pedido de silêncio
ou de suspensão
da pena de estar vivo.
Vivo e oco
vivo e não vivo, ator,
mentiras sussurrando à brisa, Midas.
Corte sem viço: tampa
de nada sobre o vazio povoado
de fontes, parras, nojos ―
tal a morte ―
...
FAUSTINO, Mário. O homem e sua hora e outros poemas. São Paulo: Companhia de Bolso, 2009, p.102.
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