Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

dois cartuns e algumas ironias

Samuca, Diário de Pernambuco, 04/04/2009

O contexto remete às fortes enchentes que atingiram vários estados do Brasil entre 2008-2009, com consequências gravíssimas, atrelado à fala do presidente Lula de que no Brasil a crise internacional teria chegado enfraquecida, como uma marolinha. O detalhe fica por conta da inusitada interpretação dada por uma aluna do Ensino Médio ao termo. Certamente o noticiário não era sua onda preferida.

Angeli, Folha de S. Paulo, 31/03/2009 

Esta fala por si. 

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