Comecei a leitura do calhamaço que é a nova biografia de Bob Dylan, numa edição bem cuidada. Já de saída, um substantivo: dylantante. E o modo ácido de Bob Dylan se relacionar com a imprensa: “É muito difícil arrumar o cabelo desse jeito?”, perguntou um jornalista australiano. “Não, você só precisa dormir em cima dele por uns 20 anos.” (p.9)
Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário