Gosto de imaginar que ilhas significam-se ― fazem-se dizer por signos ― mediante barcos que se aventuram nas águas que as separam, mas também as unem: as águas podem ser oceânicas ou simples veredas, salgadas ou doces, profundas, turbulentas e mais difíceis de navegar, ou arroios cristalinos que escorrem transparentes entre pedras e vegetação de grande frescor. Os barcos, as palavras. E tudo o mais que diz respeito à palavra afeto, no sentido de afetar, atravessar. Escrever e ler são pontas de ilhas que se fazem significar ― os trajetos dependem dos barcos, das ilhas, das águas que as separam. Este blog não pretende nada, exceto lançar barcos que eventualmente alcancem outras ilhas. Barquinhos de papel.


quarta-feira, 13 de julho de 2016

o walking dead eduardo cunha

"Qual o risco dessa armação? Sim, ele mesmo. O walking dead Eduardo Cunha, sem apoio do novo presidente da Câmara, verá irem por água abaixo seus planos de adiar sua cassação e pode resolver explodir o quarteirão com todo mundo dentro, inclusive Temer." (do blog "o cafezinho")

Será que Eduardo Cunha, com todo o espírito de corpo, digo, porco, digo, raposa, de que dispõe, não previu que seria rifado? Não previu que, em terra de traidores, quem trai por último, trai melhor? Cunha é aquele vilão excessivamente perverso contra o qual uma hora as forças acabam se voltando. Ninguém domina um contexto por muito tempo apenas com o uso do cérebro (no caso, um cérebro doentio). 

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